Carta Projeto:
O que Deus tem feito no campo - Março / 2017

Bolívia - Março de 2017.

Irmãos e amigos, graça e paz.

Por ser minha primeira carta como missionário efetivo, vou me apresentar. Meu nome é Mailson, tenho 28 anos e sou enfermeiro, natural de São Paulo/SP. Sou filho de pais nordestinos que, em sua juventude, foram para São Paulo onde se conheceram, casaram-se e criaram seus quatro filhos, do qual sou o caçula. Recebi meu chamado missionário quando adolescente e, desde então, passei a amar missões. Tornei-me o promotor de missões da igreja batista em São Mateus, onde sou membro há quase 15 anos e passei a participar de congressos missionários, acampamentos, viagens e projetos.

Aos 20 anos de idade me inscrevi no Programa Radical África e, aos 21 (logo após me formar na faculdade de enfermagem), me mudei para o Rio de Janeiro onde participei do treinamento, indo depois para o Senegal, onde morei por quatro meses, seguindo depois para a Guiné, onde morei por dois anos.

Voltei ao Brasil em 2014, pouco antes da data prevista para o retorno, devido ao surto do vírus ebola que afetou, neste período, a cidade onde eu morava na Guiné. Passei pouco mais de dois anos no Brasil, onde após meu período de readaptação e promoção missionária, tive a oportunidade de fazer uma pós-graduação em urgência e emergência e trabalhar por um ano como enfermeiro. Nesse tempo que estive no Brasil, me foi apresentada a proposta de vir para a Bolívia atuar em um ministério de capelania universitária. Após alguns meses orando a respeito, aceitei o desafio.

Essa semana, completou-se um mês desde que cheguei ao novo campo e, quantas coisas já aconteceram desde então! Pela graça de Deus, fiz uma boa viagem e fui muito bem recebido por meus companheiros de campo. Já estou instalado em minha nova casa, em Santa Cruz de la Sierra. Esta é a maior cidade da Bolívia e movimenta a economia do país. Por ser um polo estudantil, a cidade hospeda muitos estudantes estrangeiros como chilenos, colombianos, peruanos, mas principalmente brasileiros! Isso mesmo, o português aqui é quase que um segundo idioma, até porque entre as grandes cidades da Bolívia, Santa Cruz é a que está mais próxima da fronteira com o Brasil.

Assim como aconteceu quando estive na África, Deus tem me abençoado muito neste período de adaptação aqui na Bolívia. O fato de falar outros idiomas e de já ter morado em lugares onde precisei aprender o idioma local tem me ajudado a aprender o castelhano com certa facilidade e, paralelamente, também estou tendo aulas de guarani, um dos idiomas locais falados na Bolívia.

Por tudo isso, peço que os irmãos estejam orando pela minha adaptação nesse novo campo, pelas pessoas que estão ouvindo e as que ainda vão ouvir o Evangelho e para que eu tenha sabedoria para entender quais deverão ser os próximos passos nesse novo campo.

Que Deus os abençoe.

No amor de Cristo, seu amigo e missionário,

Mailson Oliveira Nascimento.






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